O QUE MUDOU NA PROPAGANDA E NOS VENDEDORES DESTE SÉCULO E DO SÉCULO PASSADO? COMENTE.

Creio que todo profissional é formado pelo conhecimento adquirido, pelas experiências vividas e pelo convívio com outros profissionais.

Trabalho desde os 17 anos. Nessa época eu jamais imaginaria ou planejava uma carreira em vendas. Lembro que sentia até um friozinho na barriga só de pensar em ter que oferecer algum produto ou serviço para alguém. As coisas mudam e, no meu caso, mudaram muito. Desde os 20 anos vivo e sou remunerado pelas vendas que faço. Aos 21 anos fui promovido para gerente de uma equipe de vendas que nem existia, eu é quem deveria formá-la, 8 meses depois essa equipe já faturava mais que as outras 2 equipes na mesma empresa.

Não sei dizer se gosto de vender ou se vendo por que gosto. Sempre fui apaixonado por publicidade e propaganda, tanto que fui buscar formação exatamente nessa área. Lembro nos anos 80, na época ainda dos vídeos cassetes que eu gravava comerciais de TV, vejam só enquanto meus amigos gravam filmes e novelas eu gravava os comerciais. Washington Olivetto e Nizan Guanaes eram semi deuses para mim. As propagandas de cerveja incríveis, e eu nem bebo cerveja. Mas me encantava a genialidade e a percepção, ele conseguia captar o que as pessoas pensavam e sentiam.

Noto uma diferença, natural e esperada, entre as propagandas daquele tempo e as de hoje, o objetivo era ser genial que com isso o resultado viria para o anunciante. Hoje toda propaganda é pensada no resultado, daí usam a genialidade para alcançá-lo. Não estou fazendo uma crítica ao modelo atual, pelo contrario apenas identificando as mudanças. Inclusive faço parte desse mundo, vivo e respeito às regras do jogo.

Desde os 23 anos sou empreendedor. Desde então nunca tive um chefe direto. Quem direciona minhas ações e “me dá ordens” é o mercado e meus clientes. Digo “me dá ordens” de forma genérica, pois preciso superar as expectativas dos meus clientes. Aprendi isso cedo, atender as expectativas é obrigação, ele lhe paga para isso, superar é que é relacionamento e fidelização. Isso vale para as empresa e também para as pessoas.

Nesses anos entrevistei milhares de vendedores, supervisores e gerentes. Poucos excelentes, alguns muito bons e outros bons, mas a maioria medíocre ou péssima. É uma pena que seja assim, por muito tempo acreditei que eu poderia mudar essa realidade, me capacitei para dar treinamentos e fazer coaching com esses vendedores e acabei descobrindo que só mudei o resultado daqueles que aceitavam serem conduzidos, a maioria mesmo prefere viver nesse intervalo onde ter resultado ou não ter é “sorte”, ou pior atribuí seu sucesso ou seu fracasso a fatores externos, nunca assumem a responsabilidade pelas suas vidas.

Vejam que incrível, nas entrevistas, sempre peço que me digam 5 qualidade pessoais, sabem o que mais ouço? Sou honesto, sou trabalhador e por aí vai. Desde quando ser honesto é qualidade. Ser honesto é uma obrigação social e ser trabalhador então, sinto vontade de rir, quem não é trabalhador é vagabundo, não tem que estar diante de um entrevistador. Essa é a parte engraçada das minhas experiências, cuidado quando responder a simples pergunta: “me diga 5 qualidades suas”.

Na metade de 2009, decidi que juntaria as coisas que mais gosto de fazer, Vender e Publicidade, decidi fundar uma agência. Não uma agência qualquer, uma agência digital. Digital porque tenho outra grande paixão profissional, tecnologia. Todos os anos crescem a proporção dos investimentos dos anunciantes no mercado digital. Web, interatividade, on line, aplicativos, mobilidade, redes sociais, buscadores e etc, são cada vez mais percebidos pelos anunciantes como meio de relacionamento sólido com o consumidor.

Um erro que percebo é que estão tratando e usando fórmulas convencionais de mídia de massa em um mundo que permite a personalização do relacionamento. Formulas de mídia de massa não podem simplesmente serem “adaptadas” para mídia digital. Mídia Digital é Mídia Digital. Os Jobs precisam ser formatados para o mundo digital.

Uma coisa é gritar em um megafone: “COMPRE BATON, COMPRE BATON ” que funciona e dá resultado na TV, outra coisa é você ficar horas e horas estudando o comportamento do consumidor do chocolate baton e fazer ações dirigidas cujo resultado será proporcionalmente muito maior que a mídia da TV. É isso que chamamos de ROI. O que quero dizer é que não adianta pagar mais caro colocando seu “banner” na capa do UOL ou do TERRA por serem mais visitados que isso não garante o sucesso. Sucesso no mundo digital é o tiro certeiro, eu falo com quem eu quero falar na hora que pode me ouvir da forma que mais chame a atenção e gere o interesse dele. Lembre-se estamos na web 2.0 indo para 3.0.

O que tenho visto é que poucas agências querem “perder” tempo na análise desses dados. E continuam a incentivar os anunciantes a correrem para TV ou pior a adaptarem campanhas de massa para o digital. Não estou dizendo que o anúncio em TV não dê certo ou que não seja maravilhoso para campanhas nacionais e para produtos de massa, estou dizendo que até as campanhas de TV vão mudar, vem aí a TV digital, ou seja, está chegando a interatividade o caminho de mão dupla e a personalização da comunicação também na TV.

Usei esse texto para falar de coisas que vivi e vivo e das coisas que acredito. A sociedade na agência digital não foi bem sucedida por isso estou buscando um novo desafio profissional. Que esse texto sirva de apresentação. Quero continuar trabalhando com as coisas que gosto, Vendas, Marketing, Propaganda e relacionamento com pessoas.

SOU UM PROFISSIONAL A DISPOSIÇÃO DO MERCADO. CONTATE-ME!

Aproveitando a época, que 2011 seja o melhor ano da sua vida e só seja pior que 2012 e assim por diante.

Abraços

Edgard Rufino

11 8334 4008

edgard.rufino@hotmail.com