Recursos serão direcionados para projetos de venture capital e growth capital
Sérgio Damasceno
O presidente do Grupo Telefônica no Brasil, Antonio Carlos Valente, afirmou que a Telefônica liderará a formação de um fundo de investimentos de venture capital (para projetos com potencial de se tornar viáveis) e de growth capital (para negócios já estabelecidos que necessitem de aporte financeiro). Valente disse que a dotação do novo fundo e os parceiros – bancos, fundos de pensão, empresas de tecnologia e desenvolvedores de conteúdo – ainda estão em definição e, portanto, não podem ser revelados.
A previsão é que o fundo esteja operacional até julho deste ano. O fundo é um projeto da Telefônica América Latina. "A diferença entre este fundo e os demais fundos é que a maior parte é gerida por administradores que determinam as margens. A Telefônica será aplicadora, sim, mas gerará condições para que as aplicações (financiadas pelo fundo) tenham utilidade dentro da própria empresa", explica o presidente do Grupo Telefônica.
Valente lista sete áreas que serão foco dos recursos do fundo, cuja dotação deverá ser entre 20% e 30% para projetos de venture e entre 70% e 80% para projetos de growth capital: "em meados do ano passado, resolvemos nos concentrar nessas sete áreas – saúde eletrônica, tráfego machine-to-machine, cloud computing (computação em nuvem), aplicações móveis, serviços financeiros, segurança eletrônica e da informação e aplicações em vídeo".
A diferença de recursos destinados para venture capital (até 30% do fundo) e para growth capital (até 80% do fundo) se deve, segundo Valente, ao fato de não haver volume suficiente para projetos que poderão se viabilizar. Portanto, projetos já consolidados, de empresas estabelecidas, terão mais recursos e mais chances de serem financiados pelo futuro fundo da operadora. O presidente do Grupo Telefônica chama a atenção para o fato de que o fundo poderá patrocinar, inclusive, projetos de operadoras concorrentes.
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